Crédito: AARJ

A Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ) apresentou aos candidatos e às candidatas aos cargos de governador/a, senadores/as e deputados/as estaduais e federais pelo Rio de Janeiro nestas eleições de 2018 uma carta-proposta que apresenta 18 pontos, desde a adoção de um programa de redução do uso de agrotóxicos no estado à criação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) estadual, com destinação de R$ 20 milhões por ano.

Leia a Carta na íntegra

Até agora, assinaram a carta Tarcísio Motta (PSOL) e Márcia Tiburi (PT), que concorrem ao governo do estado; Chico Alencar (PSOL) e Lindbergh Farias (PT), que disputam as duas vagas para o Senado Federal; Reimont (PT), Renato Cinco e Danilo Funke Leme, ambos do PSOL, candidatos a deputado federal; Flavio Serafini, Sergio Ricardo e Renata Souza, todos do PSOL, e Ronaldo Quilombola (PT), aspirantes ao cargo de deputado/a estadual.

Os/As candidatos/as que firmarem o compromisso com as propostas da Articulação serão convidados/as para um debate público sobre o tema da agricultura familiar e agroecologia, a ser realizado, provavelmente, no dia 21 de setembro de 2018. Ao assinar a carta, o candidato ou a candidata deve escanear o documento e enviá-lo para o e-mail: [email protected]

A AARJ afirma em seu documento ter “esperança que a população do Rio de Janeiro eleja candidatas/os comprometidos com o fortalecimento do Estado social, e não com interesses corporativos”, e ainda destaca a “da importância da agricultura familiar, da pesca artesanal e da agricultura urbana para o desenvolvimento” do estado.

“O Rio de Janeiro conta com uma agricultura familiar expressiva e numerosa. Esta agricultura ocupa áreas pequenas e produz grande diversidade de alimentos, flores, plantas medicinais e artesanatos, e carrega uma grande riqueza de culturas e identidades: quilombolas, caiçaras, pescadoras/es artesanais, assentados/as da reforma agrária, indígenas, agricultoras/es urbanos, camponesas/es”, evidencia a Articulação.

Por outro lado a carta denuncia “a falta de compromisso dos gestores públicos com a agricultura, a segurança alimentar e o bem estar da população chega a absurdos inaceitáveis, como é o caso das tentativas de privatização da CEDAE e do recente veto do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), à Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, aprovada na câmara de vereadores com apenas 2 votos contrários.”

A AARJ existe desde 2006 e reúne milhares de agricultores e agricultoras portadores de experiências em agroecologia no campo e na cidade. É composta por coletivos e organizações de base, sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, organizações da sociedade civil, professores, pesquisadores, estudantes e consumidores.